Açúcar: adoçando a história...

A cana, planta de onde retiramos o nosso tão doce açúcar, está nesse mundo há mais tempo do que você imagina: ela é cultivada desde o ano 20 mil antes de Cristo! Os habitantes das ilhas do sul do Pacífico foram os primeiros a descobrir as saborosas propriedades desta planta.

Cultivada pela primeira vez lá em Papua Nova Guiné, a cana seguiu seu rumo espalhando-se pelas ilhas vizinhas, como Fiji e Nova Caledônia. Aventureira e destemida, ela continuou sua viagem adocicada pelas Filipinas, Indonésia, Malásia e Índia.

Aliás, os indianos foram os primeiros a utilizar o suco da cana para produzir o açúcar "bruto"! Isso aconteceu por volta do ano 500 antes de Cristo, e o tal açúcar recebeu o nome de gur.

A produção dessa doçura se espalhou entre os povos do Oriente Médio: os árabes aprenderam com os persas a fazer açúcar sólido e assim, mais ou menos no século 3 antes de Cristo, surgiram as "rotas do açúcar": caravanas se encarregavam de vender o produto nos países asiáticos e africanos.

A América do Sul só foi sentir o doce gostinho do açúcar quando Cristóvão Colombo levou plantas de cana-de-açúcar das ilhas Canárias para serem cultivadas em São Domingos, hoje conhecida como República Dominicana.

Você conhece os tipos de açúcar?

Açúcar é sempre doce, mas essa gostosura assume várias formas. Quer ver?

Refinado: é o açúcar branquinho que a gente usa sempre. Ele é obtido a partir do açúcar cru, que passa por processo de refinamento, quando todas as impurezas são eliminadas, até chegar à cor branca.

Orgânico: é aquele açúcar granulado, um pouco mais grosso, com uma cor meio dourada. Ele adoça tanto quanto o açúcar refinado.

Mascavo: esse tipo de açúcar é formado por cristais grandes e escuros (de cor marrom), e possui sabor um pouco forte. Ele contém cálcio e ferro, e é bastante usado em produtos naturais.

Cristal: é o açúcar refinado em cristais grandes e transparentes, daqueles difíceis de dissolver na água! As quituteiras preferem o cristal, porque ele é mais econômico e rende mais. Para quem cozinha muito, é uma grande vantagem, né?

Confeiteiro: é refinado e misturado com amido de arroz, de milho ou fosfato de cálcio para evitar a formação de pedras. Usado no preparo de glacês e coberturas, o acúcar de confeiteiro serve também para polvilhar pães, bolos e sonhos. Hummm!

Açúcar líquido: Esse açúcar é obtido com a dissolução do açúcar refinado de cana ou beterraba em água. É utilizado nas fábricas de enlatados de frutas, em bebidas gasosas, bombons e sobremesas congeladas.

O açúcar de beterraba

A cana de açúcar é uma planta que adora clima quente e úmido, ou seja, ela "odeia" a Europa, onde o clima é predominantemente frio e seco... Mas como os europeus adoçariam seus pratos e suas vidas sem essa planta? Séculos atrás, o açúcar foi tão cobiçado por eles que acabou recebendo o nome de "ouro branco"!

Encafifados com a situação, em 1747, o químico alemão Andreas Marggraf desenvolveu uma alternativa: produziu açúcar cristalizado a partir do suco extraído das raízes da beterraba!

A idéia deu tão certo que, aos poucos, a beterraba tornou-se a principal fonte de açúcar na Europa. E, em 1796, Franz Carl Achard instalou a primeira refinaria de açúcar de beterraba!




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