Nas noites de verão,
quando não há uma única nuvem no céu estrelado,
não dá a maior vontade de sair passeando por aí?
Pois vamos aproveitar o bom tempo para dar uma volta pela vizinhança...
pela vizinhança interplanetária.
Vamos chegar mais
perto e dar um passeio pelos planetas do Sistema Solar. Quase todos
os planetas se dividem em dois grupos: quatro pequenos planetas rochosos
perto do Sol (Mercúrio, Vênus, Terra
e Marte) e quatro planetas mais distantes, grandes e gasosos (Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno).
Muito pequeno e gelado, Plutão não entra em nenhum dos
grupos e fica de fora da turma.
Saindo da
Terra e indo em direção ao Sol, o primeiro
planeta que encontramos é Vênus.
De vista
até parece com a Terra, são mais ou menos do mesmo
tamanho. Mas Vênus possui uma atmosfera irrespirável
e é circundada por uma pesada nuvem, que torna sua superfície
muito quente para que haja vida por lá (pelo menos é
o que se acredita até hoje...).
Vênus
também é o planeta que demora mais tempo para girar
em torno de si mesmo no Sistema Solar.
Enquanto
a Terra demora apenas um dia, Vênus leva 243 dias.
Sondas espaciais
revelaram alguns mistérios do planeta: Vênus é
cheio de crateras, montanhas e vulcões, e tem duas grandes
planícies.
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Continuando o passeio,
é bom que se diga que a "paisagem" espacial é bem diversificada.
Não existem apenas os nove planetas descobertos até agora,
mas também satélites, cometas, asteróides, meteoróides,
tudo envolvido numa fina camada de "poeira" interplanetária.
Precisamos fazer uma faxina na galáxia qualquer dia desses...
Chegamos a
Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol.
Esse pequeno
planeta lembra a Lua, com sua superfície cheia de crateras.
Mas aqui
o calor e o frio são insuportáveis, oscilando entre
430 graus Celsius no lado iluminado pelo Sol e -170 graus
Celsius no lado escuro.
Quando a
noite chega em Mercúrio, a temperatura cai muito,
pois quase não existe atmosfera no planeta.
Por isso,
vamos dar meia-volta, passar por Vênus e aproveitar para
dar uma olhada de longe na Terra.
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Quinto maior
planeta do Sistema Solar, a Terra vista do espaço
é uma esfera azul com manchas marrons e verdes (que são
os continentes).
Ops, aí
vem a Lua, o único satélite
da Terra. Melhor seguir adiante.
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Chegamos ao
"planeta vermelho": Marte, o quarto planeta mais próximo
do Sol e que, junto com os outros três, integra o grupo
dos planetas rochosos do Sistema Solar.
Assim como a Terra tem seu satélite, a Lua, Marte
também não está desacompanhado: possui dois
pequenos satélites de formas irregulares, com nomes engraçados:
Fobos e Deimos.
No século 19, os astrônomos acreditavam que Marte
possuía sinais de vida, como marcas parecidas com canais
de água e manchas escuras semelhantes a vegetação.
Hoje se sabe
que as manchas de "vegetação" eram áreas
de concentração da poeira vermelha, cor de tijolo,
que cobre a maior parte do planeta.
Mas, em relação
à água,
esses astrônomos estavam certos: em junho de 2.000, cientistas
descobriram que existe mesmo água em Marte!
Embora não tenham encontrado nenhuma evidência de
"vida marciana", os pesquisadores dizem que o planeta
tem as condições necessárias para a existência
de seres vivos.
E, em agosto
de 2003, Marte passou "raspando" aqui na Terra! Em 60
mil anos, essa foi a ocasião em que o planeta vermelho
chegou mais perto da gente. Confira
no Arquivo do Jornal do Canal!
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O
próximo planeta que encontramos pela frente é Júpiter.
É
o primeiro dos planetas gasosos, ao lado de Saturno, Urano e Netuno.
Existem algumas
características comuns a esses quatro planetas: são
formados por elementos leves (diferente dos planetas rochosos,
compostos de rochas e metais), possuem vários satélites
e são bem grandes.
Júpiter
é o maior dos planetas, "apenas" mil vezes menor que o
Sol, e possui vários anéis e satélites.
Como sua rotação
é muito rápida, formam-se fascinantes estruturas
de nuvens.
A mais incrível
é uma tempestade chamada de Grande Mancha Vermelha, uma
coluna em espiral de nuvens aproximadamente três vezes maior
que a Terra!
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Depois do
gigante Júpiter, encontramos Saturno.
E aqui o visual
é deslumbrante, porque os anéis em volta do planeta
formam um lindo espetáculo de cores.
O sistema
de anéis de Saturno é muito fino, com menos
de um quilômetro de espessura, mas se estende por mais de
420 mil quilômetros além da superfície do
planeta.
Como se não
bastasse, Saturno é também o planeta com maior número
de satélites, mais de 20 identificados até agora.
Se não
fosse inabitável para os seres humanos, seria um lugar
bonito de se morar...
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Desviando
das belezas de Saturno, chegamos a Urano, o terceiro maior
planeta do Sistema Solar.
Constituído
por uma mistura densa de diferentes tipos de gelo e gás
ao redor de um núcleo sólido, Urano possui uma atmosfera
com traços de gás metano, responsável por
sua cor azul-esverdeada.
É
rodeado por 11 anéis, compostos pela matéria mais
escura do Sistema Solar, e por 15 luas conhecidas, todas de gelo.
Pena que,
ao contrário de Saturno, cujo sistema de anéis tem
milhares de quilômetros de largura, os anéis de Urano
são muito pequenos e difíceis de identificar.
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Próxima
parada: Netuno, oitavo planeta do Sistema Solar.
Quatro vezes
maior do que a Terra, ele tem quatro satélites principais
e, como Saturno, também possui anéis, que só
foram detectados em 1977!
É
o último dos grandes planetas gasosos, composto principalmente
por hélio e hidrogênio.
A atmosfera possui grandes manchas, que na verdade são
enormes tempestades que dão a volta no planeta com ventos
de cerca de 2 mil quilômetros por hora!
Depois dele vem o minúsculo Plutão, o menor
do Sistema Solar, que não se encaixa em nenhuma classificação
anterior e possui apenas um satélite.
Tem uma órbita
bem maluca e é difícil de ser compreendida, tanto
que às vezes chega a entrar em órbita alheia, quer
dizer, na órbita de seu vizinho Netuno. Plutão passa
pela órbita de Netuno durante 20 anos dos 248 anos que
leva para dar uma volta ao redor do Sol.
Descoberto
somente em 1930, Plutão é o último planeta
do Sistema Solar. Pelo menos até agora.
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Há
suspeitas de que exista um planeta ainda não identificado,
que por enquanto é conhecido pelo misterioso nome de Planeta
X.
Bem, mas
vamos deixar esse mistério para os cientistas e voltar
para casa sãos e salvos.
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