A FLAUTA DÁ O AR DE SUA GRAÇA

Mas o choro só se tornou mesmo um ritmo novo quando a flauta entrou na história. Violão, cavaquinho e flauta - são estes três instrumentos os responsáveis pela maioria dos choros.

Antigamente, também participava da "choradeira" um instrumento parecido com o saxofone, chamado oficleide.

E nos choros de hoje em dia, entram de vez em quando a voz, a gaita e a percussão (geralmente de pandeiro) para dar uma mãozinha.

Como naquela época ainda não existiam nem o disco nem o rádio, dá para imaginar a importância que essas bandas de chorinho tinham!

Alguns nomes importantes da época eram Irineu Pianinho, Irineu Batina, João Mulatinho e Albertino Carramona. Mas o maior "chorão" foi, sem dúvida, Pixinguinha.

O primeiro choro foi escrito por Chiquinha Gonzaga, em 1889, ano da Proclamação da República. Ele se chamava "Só no Choro".

A partir daí foi um "chororô" para tudo que é lado: o chorinho virou popular, e era tocado nas ruas, nas serenatas, nas festas... Até ser destronado pelo samba batucado, em 1930. O samba veio como uma avalanche do povo, e acabou por ofuscar os chorões. Muitos deles, já velhinhos, aposentaram seus violões e penduraram suas flautas.

Mas o choro ainda hoje persiste, nos cavaquinhos e violões de grupos apaixonados pelo ritmo, que não deixam essa música melancólica desaparecer. Em São Paulo, o choro ganhou até endereço no Centro! É a Rua do Choro, inaugurada em dezembro de 2000, que fica na rua General Osório e promete trazer chorões todas as semanas para celebrar o gênero.



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