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Já no Período Neolítico (por
volta de 5.000 a 3.000 a.C.), os artistas das cavernas tiravam leite
de pedra! Isto é, tinta! Raspavam pedras coloridas e misturavam
o pó desses minérios com resina de árvores e cera
de abelha. A mistura virava uma espécie de tinta, que fixou as
cores nas pedras por milênios.
O vermelho e o amarelo, por exemplo, eram obtidos do minério
de ferro. Os artistas pintavam com pincéis e espátulas
de madeira, e utilizavam os relevos das paredes como parte da cena.
Assim, uma elevação da pedra poderia ser o enorme dorso
de um mamute furioso, e dois buraquinhos podiam ser os olhos de um cavalo
apavorado.
Eram espertos, esses artistas antigos. Não tinham muitos recursos,
mas fizeram seus trabalhos tão bem feitos que até hoje
os bichos parecem estar correndo, em cavernas na Europa, na África,
nas Américas, preservados contra a ação do tempo.
Muito mais tarde, o homem iria pintar sobre papel,
tela, cerâmica, madeira, seda, e até ovos. Mas essas primeiras
pinturas são especiais. São a memória dos primeiros
homens que se tornaram artistas, mesmo sem saber que aquilo já
era arte...
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