Ainda não está provado que
o voto eletrônico evita totalmente a fraude. Enquanto você
lê estas linhas, vários casos de falha no sistema já
foram denunciados. Com essa novidade tecnológica, não
existe mais uma prova impressa de cada voto, pois a soma de todos os
votos é armazenada em disquetes de computador.
Ao final do dia da eleição, é impresso o Boletim
de Urna, que mostra apenas o total de votos de cada candidato em cada
urna: 150 pra Fulano, 230 para Sicrano, e assim por diante. Ué, então quem fica de olho para saber se não
vai ter marmelada? A lei eleitoral diz que os partidos têm o direito
de fiscalizar os programas das urnas, mas isso é muito complicado,
e pode levar um tempão. Mas a Justiça Eleitoral só
deu alguns dias para que isso fosse feito. Resultado: nenhum partido
conseguiu fiscalizar coisa nenhuma. Mesmo assim, tem gente que acredita que esses dados poderiam ser "mexidos" para transferir votos de um candidato a outro. Os flashcards, cartões que contém os programas que serão carregados nas urnas no dia da eleição, são uma brecha para a fraude. Eles foram instalados por 10 mil técnicos, contratados por uma empresa escolhida pelo governo, não por funcionários do Tribunal Superior Eleitoral, que é a autoridade suprema no assunto. Ninguém sabe quem são esses técnicos, se existem candidatos entre eles, se eles pertencem a algum partido… não dá para ficar com a pulga atrás da orelha? Talvez por isso, a maior democracia do mundo, os Estados Unidos, ainda usam as antigas urnas com cédulas de papel. Mas até os poderosos americanos não estão livres do fantasma da fraude. Muita gente acredita que o verdadeiro vencedor da eleição que levou George W. Bush à presidência foi seu adversário, Al Gore… Falha na contagem ou má-fé? E agora... você vai entender
porque políticos tão diferentes adoram subir em um palco
juntinhos!
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