TESOURO JOGADO FORA

O desperdício de alimentos é muito grande no Brasil. Se pensarmos que existem cerca de 32 milhões de brasileiros em situação de miséria, descobrimos que jogar comida no lixo é falta de respeito aos que passam fome. Infelizmente, quase toda a comida que sobra dos restaurantes e das feiras de rua vai para o lixo. Imagine quantas pessoas seriam beneficiadas se esses alimentos fossem reaproveitados! Existe até um programa em São Paulo empenhado em diminuir esse esbanjamento.

O desperdício de água também é um problema grave, já que em todo o mundo as reservas de água potável (boa para beber) estão cada dia menores. Por isso, escovar os dentes com a torneira aberta, demorar horas no chuveiro ou deixar vazamentos sem conserto é o primeiro passo para as torneiras de muita gente morrerem de sede no futuro… A água é uma das maiores riquezas que existe, e não pode ser jogada fora.

Evitar o desperdício e reaproveitar aquilo que não usamos mais também é uma maneira de exercer a cidadania. Economizando papéis, por exemplo, estamos salvando árvores, pois é com a madeira das árvores que se faz o papel.

A reciclagem protege o meio ambiente porque diminui os montes de sucata dos lixões clandestinos e dos depósitos de lixo. Reciclar também diminui a poluição causada pelas fábricas, que passam a produzir menos quantidade desses materiais.

E se usarmos a imaginação, podemos nos divertir com coisas que normalmente iriam para a lata de lixo. O verso do papel que sai da impressora pode ser utilizado para rascunho e desenho. Podemos usar as caixas de bombons para fazer máscaras e móbiles. E quando estivermos cansados de brincar com essas invenções, levamos tudo para reciclar!

Conheça dois projetos que tentam amenizar o problema do desperdício nas grandes cidades e diminuir essa montanha de lixo:

LIXO QUE NÃO É LIXO

www.curitiba.pr.gov.br

Curitiba é conhecida como a capital ecológica do Brasil. A coleta seletiva de lixo implantada lá é a melhor do país: desde 1989, funciona o projeto Lixo que não é Lixo. A prefeitura distribui sacos especiais para as pessoas jogarem os restos de alimentos, papéis, vidros, latas e plásticos – tudo separado. Uma vez por semana o caminhão do Lixo que não é Lixo passa pelas casas e recolhe os sacos. Os materiais sintéticos (o lixo que não é lixo) vão para grandes indústrias de reclicagem. Atualmente, o Lixo que não é Lixo está sendo estendido a 13 municípios da região metropolitana de Curitiba. Nessas cidades de periferia ficam os principais lixões da região e também as represas e os mananciais de água que abastecem as cidades. Lixo e água não combinam, por isso a cidade quer diminuir a quantidade de entulho perto das fontes. O sucesso do programa Lixo que não é Lixo não seria possível sem a participação da população de Curitiba. Cada um faz a sua parte e assim o projeto vai crescendo. Lixo também pode ser um bem valioso, se soubermos o que fazer com ele.

COLHEITA URBANA

www.sescsp.com.br

Imagine o tanto de comida que sobra todos os dias nos os restaurantes e lanchonetes de São Paulo. Imagine também os restos de frutas e verduras das feiras de ruas. É muito alimento. Boa parte disso tudo acaba indo para o lixo. Com tanta gente passando fome no Brasil, é uma pena que toda essa quantidade de comida seja desperdiçada. Pensando nisso, o Sesc (Serviço Social do Comércio) criou o programa Mesa São Paulo.

Os caminhões do Sesc percorrem toda a cidade recolhendo alimentos que estão em bom estado mas que seriam joagados no lixo. Restaurantes, bares, lanchonetes e feirantes doam a comida que sobra todos os dias para diversas instituições como creches, albergues, centros comunitários, asilos, orfanatos e centros de assistência social.

Os caminhões do Sesc fazem a ligação dos pontos em que sobra comida para aqueles em que ela falta. É uma idéia bem simples que evita o desperdício de alimentos. O Sesc também oferece cursos de nutrição e preparo dos alimentos para as instituições que trabalham com pessoas carentes.


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