Que os portugueses
descobriram o Brasil em 1500,
todo mundo está cansado de saber. Mas você sabia que a
astronomia foi fundamental para os navegadores lusos chegarem aqui?
As caravelas
e demais embarcações utilizadas pelos portugueses se orientavam
no mar pelo conhecimento sobre os peixes, os ventos e as correntes marítimas,
mas também pela posição das estrelas. A latitude é
uma das coordenadas que nos localizam na superfície da Terra.
A outra é a longitude, mas essa os navegadores não conseguiam
determinar no mar. A balestilha é uma espécie de régua graduada, que permite medir os ângulos entre as estrelas. Os navegadores sabiam
muito bem como usar a balestilha no Hemisfério Norte, onde a
Estrela do Norte é visível. Ela fica pertinho do pólo
Norte do céu, indicando a direção norte da Terra
e facilitando a vida dos navegadores. Mas aqui no Hemisfério
Sul não existe uma estrela brilhante perto do pólo Sul
celeste, e por isso os navegadores se orientavam pelas constelações,
como o Cruzeiro do Sul. Com o início da expansão marítima no Hemisfério Sul, ela se tornaria tão importante como a Estrela do Norte para a orientação dos navios. Quem batizou a constelação de Cruzeiro do Sul foi Mestre João, físico, astrônomo e astrólogo que integrou a esquadra de Pedro Álvares Cabral. Ele descreveu em uma carta ao rei de Portugal, Dom Manuel, a localização exata do Brasil pela posição das estrelas. Mestre João foi comparado a Pero Vaz de Caminha por ser o "narrador do céu" do Hemisfério Sul, assim como Caminha descrevera as belezas da nova terra descoberta. |
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