E as invenções não param: tem também algodão
colorido para economizar nas tintas das roupas, milho mais robusto,
café que amadurece mais rápido, feijão mais leve
e nutritivo, batatas e tomates resistentes ao ataque de insetos e
pragas.
Mas essa história de inventar e modificar alimentos também
já está dando muita confusão. Ainda não
é certo se esses alimentos prejudicam ou não a saúde,
depois de serem ingeridos pelas pessoas durante muito tempo.
O caso da
soja transgênica é o que está dando mais o que
falar. Ela é super-resistente a um certo agrotóxico.
O problema é que quem come essa soja está ingerindo
também doses cavalares de agrotóxico.
Ora, se a soja transgênica alimenta uma criação
de gado, os bichos consomem o agrotóxico junto com o alimento,
e a carne deles, cheia de veneno, pode vir parar na nossa mesa. Outro
problemão é que as pragas (os insetos que atacam a soja) podem
ficar resistentes ao agrotóxico. E aí a soja transgênica
não serviria mais para nada.
A superbatata
também pode prejudicar a saúde. Em 1998, o cientista
inglês Arpad Pusztai fez uma experiência. Ele colocou
ratinhos para comer batatas transgênicas, modificadas com um
gene de uma erva que funcionava como um inseticida natural. Acabou
descobrindo que essas batatas causavam problemas no sistema imunológico
dos ratos. Ou seja, os ratinhos ficavam mais fracos e adoeciam com
mais facilidade.
Será que o mesmo acontece com as pessoas? Para conhecer todos
os efeitos dos alimentos transgênicos sobre o nosso organismo
é que os cientistas não param de pesquisar. A cada dia
novos estudos são divulgados, esquentando ainda mais as discussões
em torno dos transgênicos.