- Eu quero...
- O quê? Quem quer, quer alguma coisa.
- Eu quero um brigadeiro.
Mal tinha começado a conversa entre o dono da Barraca Verbal e Tomás Nota, já chegou alguém para interromper.
(Sussurros):
- Ei, você está sabendo? - perguntou a pessoa que interrompeu.
- De quê? Minha filha, quem sabe, sabe de alguma coisa - sussurrou de volta o dono da Barraca Verbal.
- Ah, deixa para lá.

Apesar de parecer distraído, o que o dono da Barraca Verbal queria mostrar para as pessoas é que muitos verbos precisam de complementos. Por isso, são chamados de verbos transitivos.

Quando o verbo pede um complemento que tem preposição ("de alguma coisa"), é chamado de transitivo indireto. Quando o complemento não tem preposição ("alguma coisa"), o verbo é transitivo direto.
E assim, os complementos são chamados de objeto direto e objeto indireto. "Eu quero um brigadeiro"
Eu = sujeito
quero um brigadeiro = predicado
quero = verbo transitivo direto
um brigadeiro = objeto direto

Ah, mas não é só isso. Tomás Nota também descobriu tudo sobre a voz passiva e os adjuntos adverbiais. Sabe como?


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