Todos os dias as
letras se encontravam na sorveteria. Era uma verdadeira folia de vogais,
semivogais e consoantes.
- Quais sabores?
- Baunilha... cupuaçu...
- Três de creme!
"Engraçado", filosofava Tomás, "as letras não se
misturam totalmente". E continuou o pensamento, vendo-as pedirem seus
sorvetes. "Às vezes eles andam em duplas e trios de vogais e
semivogais, e o mesmo acontece com as consoantes". E repetiu:
Baunilha (au = vogal + semivogal)
Cupuaçu (ua = vogal + vogal)
Quais (uai = semivogal + vogal + semivogal)
Três (tr= consoante + consoante)
Creme (cr = consoante + consoante)
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Anjo Aurélio dá a dica:
"Lembre que vogal tem som forte,
e a semivogal tem som fraco". |
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Então, por
divertimento, Tomás Nota começou a inventar estranhos
apelidos para esses encontros:
- Quando uma vogal e uma semivogal se juntam, o encontro se chama DITONGO.
- Duas vogais na mesma palavra, uma do ladinho da outra, acontece o
HIATO.
- Se aparecerem uma semivogal, uma vogal e outra semivogal, o grupo
vai se chamar TRITONGO.
E por falta de um nome estranho, chamou o encontro de duas consoantes
de ENCONTRO CONSONANTAL.
Exemplos
DITONGO (vogal + semivogal ou semivogal + vogal): caule, aipim,
cadeira.
TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal): Paraguai, saguão,
quais.
HIATOS (vogal + vogal): cupuaçu, raízes.
ENCONTROS CONSONANTAIS (consoante + consoante): caboclo, planalto,
três.
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