Ainda na candidatura de Artur Bernardes, em 1921, foi atribuída a ele uma carta descoberta que falava mal dos militares e chamava o Marechal Hermes da Fonseca de “sargentão sem compostura”. No ano seguinte, antes mesmo da posse de Artur Bernardes, Hermes da Fonseca ainda seria preso e o Clube Militar fechado, por decreto do presidente Epitácio Pessoa que desaprovou o desinteresse do Marechal em acabar com as revoltas em Pernambuco. Os militares do exército viram como uma afronta a prisão da mais alta patente militar e decidiram que, na madrugada do dia 5 de julho, iniciariam um movimento a partir do Forte de Copacabana. Participaram da revolta a Escola Militar e o Forte de Copacabana, liderada por oficiais de nível intermediário. O tenente Antônio de Siqueira Campos disparou canhões para chamar o restante das forças militares, mas ninguém se apresentou. Rapidamente o governo tomou conhecimento do levante e bombardeou o Forte de Copacabana exigindo a rendição dos revoltosos. A maioria deles se rendeu. Euclides Hermes da Fonseca, filho de Hermes da Fonseca e comandante do Forte de Copacabana foi até o Palácio do Catete, onde foi preso. Então, 17 militares do Forte resolveram sair às ruas em direção ao Palácio onde estava Euclides, combatendo as forças do governo. No caminho, um civil juntou-se aos militares. Destes 18 combatentes que enfrentaram o governo, apenas os dois tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos sobreviveram aos confrontos. A Revolta dos 18 do Forte, como também é chamada, deu origem ao movimento tenentista que, indo contra a República do Café-com-leite e pretendendo colocar novamente os militares e suas políticas positivistas no poder, esteve nas raízes da Coluna Prestes – movimento militar entre 1925 e 1927 que percorreu o Brasil pregando reformas políticas e sociais. Outro grande episódio em 1922 foi a Semana de Arte Moderna...
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