A BATINA CAI!

As coisas, definitivamente, não iam nada bem para quem era ligado à monarquia e à escravidão, os chamados "conservadores". A Igreja e o Exército, os outros dois "pés" da monarquia, também estavam bambos... A Igreja porque queria liberdade. Ela vivia subordinada ao imperador, segundo uma tradição muito antiga, de Portugal, conhecida como padroado.

A tradição dizia que era o imperador quem escolhia os padres para os cargos importantes da Igreja (bispo, arcebispo...). Mesmo as ordens do papa aos padres só podiam ser cumpridas se o imperador aprovasse.

Pois não é que em 1872 o papa lançou um decreto proibindo que os padres participassem de uma sociedade secreta chamada maçonaria, muito importante na época? Os bispos de Olinda e de Belém decidiram obedecer ao papa. Mas o imperador não gostou dessa "desobediência" e mandou prender os bispos.

Ih! Foi como mexer em um vespeiro: a Igreja se sentiu ofendida, mesmo depois que d. Pedro II soltou os bispos, três anos depois, em 1875. Pior para d. Pedro, porque a Igreja abandonou o imperador e se aliou aos republicanos. Quem mandou prender bispo?

E A FARDA TAMBÉM!

O Exército também não morria de amores pelo reinado. Ele sempre esteve em uma posição inferior à dos policiais civis. Só que, depois da Guerra do Paraguai, que durou de 1865 a 1870 (acabou, portanto, dois anos antes da prisão dos bispos), o Exército passou a exigir mais respeito e a reconhecer sua importância.

Afinal, quem tinha dado o sangue na guerra _ literalmente? E ficou mais corajoso para criticar o Império, que o tratava tão mal.

Para ter uma idéia, os militares eram proibidos até de discutir seus assuntos nos jornais! Então, o Exército se uniu e passou a se organizar politicamente. Nem precisa dizer que os militares eram contra a monarquia e a favor... da República! Não é de admirar que tenha vindo deles mesmos o golpe da proclamação...

E o começo de tudo foi o fim definitivo da escravidão!

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