Segundo
os relatos, o encontro inicial entre os índios e os viajantes
portugueses aconteceu de maneira pacífica. Só não
houve acordo quanto à comida. Os dois índios que
subiram a bordo de uma das caravelas experimentaram as comidas
e bebidas oferecidas: pão, peixe cozido, bolo, mel, figos
secos e vinho.
Não gostaram de nada. Cuspiam fora tudo que colocavam na
boca. Não era para menos! Eles não estavam acostumados
a nada daquilo.
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A
alimentação básica dos índios vinha
das plantações de milho, inhame, feijão,
abóbora e mandioca,
além das frutas nativas, como o abacaxi.
Até a água
oferecida pelos "anfitriões" portugueses não
se comparava àquela que os índios bebiam: tinha
ficado armazenada em tonéis durante mais de 40 dias e não
era nada fresca...
Imaginem se
os índios tivessem provado da ração servida
nas naus cabralinas! Sairiam correndo! A base da dieta
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a
bordo era um biscoito duro e salgado, bolorento e fedorento, além
de carne salgada, cebola, vinagre e azeite. Essa dieta muito pobre
em vitaminas,
causava uma doença terrível nos marujos, chamada escorbuto.
Provocada pela
carência de vitamina C, o escorbuto fez muitas vítimas
fatais durante as viagens marítimas. Para alívio dos
navegantes, no século 18 o capitão inglês James
Cook descobriu que o consumo de limões e laranjas, ricos
em vitamina C, combatia a doença. |