O que mais estimulou os portugueses, já na primeira viagem ao Brasil, foi a presença em grandes quantidades de uma madeira muito valiosa que servia para fazer tintas: o pau-brasil. Pedro Álvares Cabral percebeu logo que o pau-brasil , poderia render muito para seu país. Mandou de volta uma caravela para anunciar ao rei de Portugal a descoberta das novas terras. E não esqueceu de colocar a bordo alguns troncos de pau-brasil, como uma pequena amostra da riqueza encontrada. Foi graças ao pau-brasil que Portugal se interessou em explorar sua colônia. Para facilitar o processo – e para não gastar o dinheiro que não tinha – o território foi dividido em 15 capitanias hereditárias. Comerciantes e militares portugueses ficaram como "donos" dessas capitanias, investindo nelas suas próprias fortunas, sem contar com o dinheiro da coroa portuguesa. Os donatários chegaram cheios de idéias e de ambição, se sentindo muito superiores aos indígenas. Mas quem se deu melhor foram aqueles que fizeram acordos com os índios – e não quem entrou em guerra com eles. Se entravam em conflitos
com os índios, os senhores portugueses eram obrigados a morar
em casas muito bem protegidas, verdadeiras fortalezas. Quem conseguiu
ter uma convivência pacífica com os nativos teve segurança
para instalar os engenhos de cana-de-açúcar, que durante
dois séculos representaram a principal atividade econômica
da colônia. |
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