Esse negócio de racionamento até que parece fácil de fazer: é só a gente tomar banhos mais curtinhos, não deixar luzes e eletrodomésticos ligados à toa e ainda de lambuja, talvez ganhar um feriadão toda segunda. Pode crer, vai ser moleza!

De primeira, dá até para pensar assim. Mas coloque seus neurônios para trabalhar um pouquinho, e você vai reparar que o negócio não é nada simples. Siga esse raciocínio:

Imagine uma fábrica de biscoitos, que gasta um "bocadilhão" de quilowatts por mês. Com o racionamento, ela vai ter que reduzir muito esse consumo de energia.

Como? Apagando as luzes? Diminuindo o ar condicionado? Também, mas principalmente usando menos aquelas máquinas grandonas de misturar os ingredientes, mexer a massa, embalar os biscoitos...ou seja, a fábrica vai ter que produzir menos. E, com a produção menor, vai precisar de menos empregados. Resultado: muita gente vai pro olho da rua.

Produzindo menos, vai haver menos biscoitos para serem exportados (vendidos em outros países). Resultado: vai deixar de entrar um bocado de dinheiro no país.

E, como o número de biscoitos sendo vendidos vai ficar menor (lembra da lei da oferta e da procura em O Mundo do Economês?), mas o número de pessoas que querem comer biscoito vai continuar igual...é bem provável que a tal fábrica resolva aumentar o preço dos biscoitinhos. Resultado: inflação, aumento de preços!

Agora imagine que isso vai acontecer em todas as fábricas do Brasil!

Percebeu como o racionamento pode abalar a economia do país? Por isso, é superimportante que o governo tome rapidinho todas as providências para evitar que a crise energética dure muito tempo.

Então, que tal saber o que já está sendo feito? E o que NÃO está sendo feito?



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