O engraçado na história dos foguetes é que eles não foram feitos para ir ao espaço. O foguete é uma invenção muito antiga, que começa com os gregos, 400 anos antes de Cristo. Naquela época o homem já tentava enviar um objeto para as alturas, movido a propulsão. Ou seja, algo capaz de empurrar um objeto, com muita força. Esse é o segredo.

Depois dos gregos, outro povo se arriscou nesses brinquedinhos. Os chineses amarravam lanças de bambu a foguetes, movidos a um tipo de pólvora explosiva. Já tinham tentado com gás também. Os primeiros registros desses objetos, utilizados como fogos de artifício, são do século I depois de Cristo.

A lógica permaneceu a mesma no decorrer dos séculos. Mas o tamanho do brinquedo foi aumentando. O primeiro foguete, feito pelo físico americano Robert Goddard (1882 - 1945) foi lançado em 1926. Ele subiu apenas 12 metros, e se espatifou no chão. Mas já era um começo.

A verdadeira evolução dos foguetes em direção aos modelos modernos aconteceu por motivos nada nobres: bombardear cidades. Durante a Segunda Guerra Mundial, o engenheiro alemão Wernher von Braun e sua equipe desenvolveram os mortíferos V1 e V2, que deram origem aos modernos foguetes espaciais e mísseis de longo alcance. Mais de mil mísseis atingiram cidades européias. Depois da guerra, os EUA e a antiga União Soviética utilizaram o V2 para desenvolver pesquisas sobre propulsão e trajetória, fundamentais para enviar um objeto ao espaço.