O primeiro ônibus espacial foi o Columbia, lançado pelos Estados Unidos em 1981. Ficou apenas dois dias no espaço, mas hoje os ônibus podem ficar até dez dias em uma órbita que não passa de 480 quilômetros da Terra. Durante esse tempo, os astronautas geralmente consertam equipamentos que se desgastaram ou realizam experiências científicas. Por meio de um braço-robô
acoplado na nave, os tripulantes também podem lançar ou
trazer de volta um satélite, e até se prender nele para
consertar defeitos. O mesmo Discovery levou os astronautas que consertaram o Hubble - uma "reforma" que durou oito dias. O telescópio espacial, avaliado em 3 bilhões de dólares, voltou ainda melhor, com telescópios, computadores e sensores novinhos. Nos últimos
anos, os cientistas estão pensando se vale mesmo a pena enviar
gente para o espaço. É bem mais caro, e as viagens
são sempre arriscadas. Em 1986, por exemplo, o ônibus espacial
Challenger explodiu em pleno ar, 73 segundos depois da decolagem, matando
sete astronautas. Entre eles estava uma professora, a primeira civil
americana a participar de uma missão espacial. O programa do
ônibus espacial foi então interrompido por dois anos, até
a instalação de novos e mais eficientes sistemas de segurança. Em 1996, a Nasa (que é agência de estudos espaciais dos Estados Unidos) enviou para Marte um robô chamado Sojourner, que tinha a forma de um jipinho. Ele chegou lá em uma nave que parecia um mosquito gigante, a Mars Pathfinder, depois de sete meses de viagem, em 4 de julho de 1997, dia da independência nos EUA. Logo que a nave pousou, ele saiu todo faceiro pelo território marciano recolhendo pedaços de rochas, registrando imagens e informações sobre o solo e a atmosfera de Marte. Esse material todo
voltou para a Terra. Mas o robô, que encantou o mundo, ficou por
lá.
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