Antônio Conselheiro andava pelo interior da Bahia. Cheio de fé, este homem queria acabar com as diferenças sociais, com a fome, com a pobreza e com as injustiças. Em 1893, ele e seus seguidores resolveram fundar um arraial, numa região pobre, árida, chamada Canudos. Em Canudos, quase não havia dinheiro, mas todos trabalhavam em plantações, em criações de animais e toda a produção e o lucro eram partilhados. A região cresceu, com quase 25 000 habitantes, e tornou-se a segunda maior cidade da Bahia. O poder de Antônio Conselheiro era tão grande que o presidente Prudente de Moraes ficou preocupado e logo mandou um exército para destruir a região. A vitória parecia ganha, mas os “conselheiristas”, companheiros de Antônio Conselheiro, venceram. O medo aumentou! Uma nova tropa com 600 homens foi enviada. Mais uma derrota... Mais uma tropa com 1200 soldados... outra derrota! Todo país ficou espantado com a força de Canudos, alguns até achavam que os antigos monarquistas estavam ajudando Antônio Conselheiro! Em 1897, a última tropa foi enviada com mais de 6 mil homens. Durante as lutas, Antônio Conselheiro adoeceu e morreu. Com isto, mulheres, crianças e idosos se renderam e acabaram mortos. O restante dos “conselheiristas” perdeu a batalha e a cidade de Canudos foi totalmente destruída. Um ano depois, Campos Salles se torna o novo presidente do Brasil e surge a política do café-com-leite.
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