Os escravos não conseguiram suportar os maus-tratos por muito tempo. Muitos morreram por causa do banzo, que era o nome que os negros africanos davam para uma tristeza enorme, que chegava a matar. Então, eles encontraram várias maneiras de dizer um basta à injustiça. Desafiaram os senhores de engenho e feitores (homens que tomavam conta dos escravos) , e chegaram a se suicidar para dar o maior prejuízo ao seu "dono". Outra forma de revolta era a preservação dos rituais religiosos, que negavam os valores brancos e ressaltavam a cultura africana. Por fim, os negros tentavam a solução mais difícil: fugir das senzalas, o que era muito perigoso. Quando escapuliam, eram perseguidos sem piedade pelos "capitães do mato", homens cruéis contratados para recapturar os escravos fugidos. E quando encontrados, os fujões eram torturados até a morte. Ué, mas escravo morto não fazia mal para o bolso do senhor de engenho? Pois é, mas também servia de exemplo para os outros não se atreverem a colocar o pé fora de "casa". Até que um
dia, os escravos começaram a se organizar para enfrentar seus
inimigos. Começaram a fugir em bandos, se encontravam em um lugar
combinado, bem escondido, e formavam comunidades secretas para resistir
à escravidão!
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