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Um dos primeiros cientistas a descobrir que os raios do Sol podiam produzir eletricidade chamava-se Antoine-César Becquerel, que inventou uma coisa chamada pilha fotovoltaica. Ele deixou um fio de metal mergulhado em um líquido. Quando a luz do Sol bateu no líquido e no fio, ele observou que o fio ficava carregado de energia. Era eletricidade acontecendo em um copo d'água!

Isso foi em 1839. A pilha fotovoltaica ficou meio esquecida até que, 50 anos depois, um outro cientista chamado Charles Fritts tentou construir uma "célula solar". Ele pegou uma lâmina feita com um elemento químico chamado selênio e misturou com um pouco de ouro. Não funcionou muito bem, mas Charles estava no caminho certo. Sua invenção era o começo de tudo.

O grande problema era como controlar a eletricidade produzida e dar uma organizada na agitação dos elétrons. Afinal, os elétrons, junto com os prótons e nêutrons - todos partículas incrivelmente pequenas - estão no começo de tudo: eles é que formam os átomos, que por sua vez são a unidade básica da matéria, quer dizer, unidade básica dos elementos químicos que formam tudo que existe. São as combinações dos átomos que formam as substâncias, como a água, a terra, os tecidos, o vidro, a madeira, o sabão, o macarrão, o chocolate, o chiclete e tudo o mais.

Portanto, para desenvolver a utilização da energia solar, era preciso começar do começo: "domar" os elétrons. Isso aconteceu quando um americano chamado Russel Ohl trocou o selênio (usado na pioneira célula solar de Fritts) por silício, o mesmo material dos chips dos computadores. Em 1941, Russel conseguiu produzir uma célula solar que valia a pena ser usada: o silício não esquentava tanto e concentrava mais energia.

As placas solares à base de silício
são as grandes vedetes da captação dessa energia. A invenção de Russel hoje move até satélites!
 

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