XEROX O xerox tem uma história longa e curiosa. Demorou muito tempo para que o homem inventasse uma máquina eficiente para tirar cópias, dessas que existem nos escritórios ou em papelarias. Os cientistas procuravam soluções na fotografia e na química, usando os mesmos processos das revelações de filmes. Mas foi de uma outra área da Ciência, a eletrostática, que veio a saída. De um lado, o papel. De outro, um pozinho negro. Nos anos trinta, um físico descobriu que o pó iria se agrupar nos mesmos pontos das marcas existentes no papel. Ele batizou esse processo de xerografia, que significa escrita seca, em grego. Mais tarde, uma empresa comprou esse aparelho, o xerox, e passou a se chamar assim. Deu certo, né? As casas estão cheias deles. Um para o aparelho de som, outro para a televisão, e ainda um para o vídeo, no mínimo. Tem gente que se incomoda com tanto controle remoto, e prefere ter apenas um, que controle tudo. Sem dúvida é bem mais prático. Mas o primeiro controle remoto da história, de 1955, não era nem um pouco prático. Ele tinha um fio, que o ligava à TV. Para quê, então? Ele servia para trocar os canais à distância - limitada ao comprimento do fio. Depois, o fio foi substituído por um feixe de luz, que acionavam algumas células sensíveis, na televisão. Bem complicado. Em seguida, apareceu um controle que operava com ultra-som. Foi só em 1981 que surgiu o mesmo aparelho acionado por luz infravermelha, a mesma que liga e desliga o alarme de alguns carros.
O walkman - o aparelhinho portátil para ouvir música - nasceu de uma boa sacada. Foi em 1979, na cabeça do japonês Akio Morita, fundador da Sony, que tudo aconteceu. Ele estava cansado de ver um dos sócios da empresa pra lá e pra cá carregando um gravadorzão desses de alça, pesado e incômodo, de um canto para outro, com dois fones de ouvido para não incomodar os demais. Enquanto o sócio se queixava do peso, Akio Morita teve uma idéia brilhante: fazer um toca-fitas pequenino, portátil e leve. Assim nascia o walkman. Os engenheiros da Sony acharam que o negócio não ia pra frente. Afinal, ninguém iria querer um aparelho que não gravasse! O tempo mostrou que eles estavam errados. A história do celular é recente, mas remonta ao passado - e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mas conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949). Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia. Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a idéia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940. |
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