Farofa de formiga
Elas parecem limpinhas
e são até bem simpáticas (a não ser
quando dão aquelas picadas doídas!) mas daí
a transformar as formiguinhas em refeição existe
um longo caminho...ou não?
Para muitas pesoas não existe, não! Em vários
lugares do Brasil, especialmente no interior de São Paulo,
a fêmea da formiga saúva, chamada de içá,
é considerada uma verdadeira iguaria!
Achou estranho? Pois então agora você vai cair da
cadeira: para os "adoradores de içá" a
parte mais gostosa da bichinha é...o bumbum!
O jeito mais comum
de preparar as içás é fritá-las e
misturar com farinha, mas tem gente que gosta tanto que chega
a comer as formigas purinhas.
Um dos maiores fãs
da içá foi o escritor Monteiro
Lobato, que chegou a comparar os traseiros das bichinhas com,
nada mais, nada menos do que...caviar!
E quem teve a idéia
de comer as pobres içás? Se você pensou em
um tamandúa, se enganou: foram nossos amigos índios,
que olharam pela primeira vez uma formiguinha andando e resolveram
ver que gosto tinha! E olha que, apesar de parecer estranha, foi
uma ótima idéia: as iças são bem nutritivas,
têm cerca de 30% de gordura
e 15% de proteína!
Dá próxima vez que você achar uma formiga
andando no seu prato, vai pensar duas vezes antes de sair gritando
"bleargh!", não é?
A musa da fruteira
Tem coisa mais
brasileira do que um belo cacho de bananas? Não, né?
Mas para chegar ao Brasil, essa delícia amarela e nutritiva
teve que atravessar meio mundo: ela surgiu lá nas selvas
da Índia
e da Indochina e foi trazida ao Ocidente pelos árabes.
E, além da carona,
elas também ganharam outra coisa dos árabes: o nome.
"Banana" veio de "banan", que em árabe
significa...dedo! Nem precisa perguntar o porquê, né?
Mas a grande homenagem
veio na hora de dar um nome científico para a banana: a
frutinha ganhou a alcunha de Musa paradisiaca! É
mole?
Mas ela bem que merece.
A banana é uma verdadeira maravilha vegetal: é rica
em vitaminas E, C e B; tem
mais potássio
e magnésio (dois minerais superimportantes) do que qualquer
outra fruta; oferece os oito aminoácidos essenciais que
o nosso organismo não produz, e ainda é perfeita
para quem pratica esporte.
Isso porque a "Musa"
tem um mecanismo especial, que faz com que nosso corpo vá
"consumindo" devagarinho os nutrientes. Assim, a gente
ganha energia por um tempão!
Não é à toa que os macacos são tão
espertos!
Pneus de chiclete?
Antes de se tornar
uma guloseima, o chiclete correu o risco de virar...pneu de carro!
Era isso que o americano Thomas Adams queria fazer com a substância
esquisita, feita da seiva do sapotizeiro, que um amigo mexicano
tinha "empurrado" para ele.
A substância,
chamada de chicle, tinha vindo lá do México na bagagem
do Antônio Lopez de Santana, um ex-general que, de mudança
para os EUA, achou que poderia ganhar um troquinho com aquela
seiva borrachenta. E deu certo: ele conseguiu vender uma tonelada
de chicle para o amigo Thomas Adams, fotográfo e inventor
nas horas vagas.
Assim que viu o chicle, a cabeça de inventor do Thomas
Adams se encheu de idéias:
- E se eu tranformasse isso em pneus de carros? Ou quem sabe
dê para usar o chicle para fazer brinquedos...Galochas,
talvez?
Mas nenhuma das idéias funcionou: muito mole ou muito duro,
o chicle não servia para pneu, nem brinquedo e nem galocha.
E lá estava o pobre Thomas, com uma tonelada de um negócio
que não servia para nada! Até que ele prestou atenção
no amigo Antônio: como bom mexicano, o Antônio gostava
de mascar o chicle, um hábito herdado do povo Maia.
E aí uma luzinha se acendeu na cabeça do Thomas:
chicle serve para fazer goma de mascar! Ele resolveu adicionar
sabores à seiva, e em 1871, o chiclete Adams já
estava sendo vendido nos EUA!
A invenção
do Adams desbancou as gomas de mascar da época, que eram
feitas de parafina, e ficou tão famosa que hoje em dia
goma de mascar e chiclete são sinônimos!
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